domingo, abril 12

ANÁLISE DA ÉPOCA POR JOSÉ CARLOS MOURÃO


José Carlos Mourão, treinador principal da equipa sénior fez um balanço do que foi a época 2008/2009 ao Jornal "ECOS":


1 – Qual o balanço final desta época?

Para fazer o balanço da época, gostaria de fazer a divisória da mesma em duas partes distintas, partes essas que me permitem tirar as minhas conclusões, revelando estas, tantos aspectos positivos, como aspectos negativos.

Considero como aspectos negativos (no meu entender) o de não termos atingido o objectivo principal em que todos os envolvidos esperávamos atingir no final da época e que todos nos propusemos: Que era a passagem à fase final e a consequente subida de divisão. Este claramente não foi conseguido. Outro factor negativo foi de andarmos com a “casa às costas”, durante um tempo considerável, em que nada veio a beneficiar a concentração e a motivação dos atletas que o plantel mostrava ter ao inicio da época, esta se foi perdendo um pouco nesta fase. Foi uma fase muito desgastante para todos e com isso senti a determinado momento que se estava a instalar a desmotivação em alguns atletas do plantel. Embora também quero deixar claro e realçar uns aspectos positivos que foi voltar a ter um bom grupo de atletas onde se veio a destacar a palavra “ amizade” dentro do nosso balneário. E são nos momentos em que as situações nos são menos favoráveis, ou que não nos correm como todos desejávamos, é que se consegue perceber e dar valor às palavras amizade e união no seio de um grupo. Quando assim é, senti que tinha voltado ao grupo aquela alegria e prazer de voltar a jogar futebol.

2 – O que faltou para o CF Estremoz conseguir a subida?

O que julgo que faltou foi não sermos uma equipa regular durante todo o campeonato. Quando se entra numa prova competitiva com um calendário a duas voltas, não se pode ter uma postura na 1ª e outra na 2ª volta, isto é, não fomos regulares no conjunto das duas voltas. Como o campeonato é uma prova de regularidade vence a equipa que for mais regular ao longo da prova.

3 – O facto do CF Estremoz ter de treinar e jogar em São Bento do Ameixial grande parte da época influenciou o desfecho final?

É mais fácil responder com o que condicionou as nossas aspirações ao objectivo final. Digo que condicionou por um simples motivo, uma equipa que tem outras aspirações não pode estar a treinar mais de 4 meses, ou seja, meia época desportiva condicionada a efectuar simplesmente 3 horas divididas em dois treinos semanais. Não é com dois treinos semanais que uma equipa, que se assumiu como candidata à subida de divisão, consegue por em prática ou tirar partido num jogo, todo o trabalho que deveria ser realizado durante a semana. E ainda da forma com foram impostos os dias de treinos, que julgo, no meu entender, estavam um pouco desajustados, pois não eram os dias ideais para se poder treinar. Mas quanto a essa situação nada podíamos fazer porque, quando se está num campo cedido, estamos sujeitos aos dias que nos deixam treinar. Contudo, não foi só o facto da equipa treinar e jogar em São Bento, que condicionou o grupo, houve também outras condicionantes. Uma delas prendeu-se com o início e o decorrer da época, onde eu não pode estar presente nos treinos, por motivos pessoais. Expus a minha situação à secção de futebol e pedi para solucionarem o problema o mais breve possível, por forma a dar alguma estabilidade ao grupo. Neste ponto julgo que demorou demasiado até ao aparecimento das respostas dos contactos despoletados pela secção. Este impasse tornou-se um momento mau, principalmente para os atletas que ficaram sem saber quem os iria comandar. Depois de algumas indefinições, a solução passou por mim e mais dois colaboradores. Desde já não posso deixar passar em claro o excelente trabalho realizado pelos meus dois colaboradores: o Hugo Calhordas e o José Festas. Digo o excelente trabalho porque foram duas pessoas incansáveis no trabalho efectuado durante a semana com os atletas. E, para quem tinha pouca experiência de comandar uma equipa, julgo que (com o tempo) foram ganhando confiança e rigor. Assim, desta forma, posso afirmar que tiveram à altura e conseguiram transmitir as minhas ideias para a equipa.

4 – E o aparecimento do relvado, que benefícios trouxe?

Uma infra-estrutura desde género é sempre benéfica para quem a usa. Peca por tardia, que Estremoz como cidade já merecia, tal como todos os praticantes das várias modalidades que a desfrutam. Os benefícios são inúmeros mas quero realçar a melhoria na qualidade técnico-táctica do treino e do jogo. Considero também que é uma mais-valia para o aparecimento e motivação de jovens a praticar desporto (hoje em dia tanto se fala e combater o sedentarismo das camadas jovens). Enfim, julgo que é uma infra-estrutura muito benéfica para todos e principalmente para o concelho de Estremoz.

5 – Como olha para os adversários que o CF Estremoz teve de encontrar?

Com algumas surpresas. Umas de forma positiva e outras de forma negativa.

Asseguro estas minhas palavras pela forma de conhecer algumas equipas que, para mim, eram as candidatas e deixaram um pouco a desejar (onde incluo o C.F.E); outras considero-as uma agradável surpresa pela forma como se apresentaram a praticar um bom futebol, que foi o caso das equipas que passaram à segunda fase que são o Perolivas e o Santiago Maior.

6 – Que segredos para esta, ainda assim, surpreendente segunda volta?

Não existem segredos para se atingir o êxito. Distingo assim a surpreendente segunda volta de “ êxito”, porque foi de facto uma magnífica recuperação que a equipa efectuou. O êxito atinge-se quando existe uma boa organização, estabilidade e muito sacrifício por todos os intervenientes. Penso que foi isso que nos faltou no início de época.

Para reflectir sobre os êxitos que possam vir a ter, uso uma fórmula, a qual tento incutir aos atletas e que é muito simples:

MOTIVAÇÃO + ESPIRITO DE EQUIPA + AMBIÇÃO = ÊXITO

7 – De um modo geral, como classifica o comportamento dos jogadores do CF Estremoz esta época?

Devido às condicionantes todas, que se tiveram ao longo da época achamos que os atletas foram uns verdadeiros homens com “H” grande. Só eles sabem o que passaram, e acredito, como uns até me referenciaram que esta época foi desgastante. Mas não quero também deixar passar em claro o papel dos capitães de equipa que foram eles também uma surpresa agradável pois conseguiram (também) motivar os restantes atletas e ajudar os meus colaboradores nos momentos difíceis que por vezes uma equipa atravessa. Por isso posso afirmar como já fiz referencia um pouco atrás que senti no grupo a vontade e a alegria de voltarem a jogar futebol .

8 – E quanto à próxima época, voltará a ser o treinador?

O futuro a deus pertence.

9 – Se ficar ao leme da equipa, que alterações pensa introduzir para disputar a subida?

Em primeiro lugar a parte principal será toda a logística, que tem que ser melhorada.

E penso que a secção nesta situação está melhor em relação à época transacta porque neste momento está já a planear a próxima época. Quando assim é, de forma pensada, com o “timming” próprio para poder decidir o que é melhor para o clube e organizar ou estruturar o plantel sénior penso que se está no bom caminho.

E em segundo, julgo que se devem primeiramente, segurar as mais-valias no plantel deste ano, ou seja os que são atletas, que fazem a diferença tanto no campo desportivo como na questão das relações humanas, reportando-me aqui, à união de um grupo e ao ter um bom balneário, seguidamente tentar colmatar algumas posições que a equipa necessita, com atletas que façam a diferença.

10 - Uma palavra para os sócios e adeptos do CF Estremoz…

Gostava que os adeptos e sócios fossem mais “ bairristas”. Darem mais apoio aos atletas do C.F.E. nas várias modalidades. Um clube faz-se e cresce num todo, um clube para sobreviver necessita de sócios, de adeptos e de atletas. Sem um destes grupos não existe razão de existir um clube. Faço referência também ao apoio que os atletas necessitam quando estão na mó de baixo: ele não existe, e ainda por cima são acusados de, por vezes, não darem o máximo. Ora não é bem destas palavras que o atleta precisa ouvir, porque em baixo já o atleta está, anímico. Tenho a certeza que, se o atleta sentir esse apoio e essa motivação e se vir o seu esforço e sacrifício reconhecido, terá muito mais vontade de fazer mais e melhor pelo clube.

5 comentários:

Unknown disse...

http://estremosoeiro.blogspot.com/2009/04/obrigado-lameiras.html

zmpereira disse...

Mais palavras para quê?!?.. Próxima época venha em força.

Anónimo disse...

foi 1 epoca muito fraquinha do senhor carlos mourao nao sei para ke serve 1 treinador ke passa 1 epoca sempre ausente

N. Frade disse...

Mais um comentário desnecessário por parte de um membro desta grande familia os "Anónimos". Uma pessoa quando não sabe não inventa...e se tens mais tempo que o Carlos Mourão, aparece para o ano e comanda a equipa. Mas para te irmos conhecendo diz o teu nome para não corrermos o risco que cairmos em piada quando nos perguntarem o nome do nosso treinador, Mister Anónimo...

Anónimo disse...

só o nome CFE diz tudo...!!!

C- campeões
F- fenumenais
E- espelendidos

é só isto que tenho a dizer...!

XUNGA BABY*