MAU DEMAIS PARA SER VERDADE...

Numa tarde cinzenta, mas com uma temperatura agradável para a prática do futebol, com a própria chuva que caiu quase todo o fim de semana a fazer uma pausa e com um estádio com uma moldura humana de fazer inveja...estavam reunidas todas as condições para que o CFE conseguisse obter a sua primeira vitória nesta fase final...puro engano.
O CFE entrou com o objectivo bem delineado e a tentar marcar cedo, contudo ou por ineficácia da linha avançada ou por mérito da equipa adversária, não o conseguiu na primeira meia hora, embora tenha dominado quase na totalidade esse período. Até que a faltarem 10 minutos para o intervalo depois de cobrado um livre à entrada da área dos Canaviais, Ruben cai juntamente com um adversário e depois de ser pontapeado responde à agressão, tendo o arbitro do encontro entendido que só deveria expulsar o jogador da casa, ficando o CFE a partir desse momento a jogar só com dez jogadores. No minuto seguinte e novamente na cobrança de um livre à entrada da área, João Nuno faz um excelente golo, pondo alguma justiça no marcador. As equipas recolhem ao balneário com o 1-0.
Com o começo da 2ª parte os Canaviais, a jogar com mais um homem e em desvantagem no marcador, começa a fazer aquilo que lhes competia, ou seja, subir no terreno e empurrar o CFE para o seu meio campo. O mister Mourão é obrigado a fazer entrar Moina para o lugar de Toy, que sai lesionado e arrisca no um para um na zona defensiva. Os Canaviais começam a acreditar que seria possível chegar ao golo, que acontece na marcação de uma grande penalidade originada por Xuma que derruba um adversário já na linha lateral...desnecessariamente. Acusando um pouco o golo, a equipa da casa, não conseguiu reagir e foi mesmo a equipa visitante em cima do minuto 45, também já a jogar com dez jogadores depois de uma expulsão por acumulação de amarelos, a conseguir fazer o 1-2 na marcação de um livre indirecto do lado direito, que depois de marcado para a área aparecem não um, nem dois, mas três jogadores dos Canaviais completamente sozinhos sem marcação que não tiveram qualquer dificuldade e fazer o golo. Ninguém fica isento de culpas neste segundo golo, pois foi notória a falta de comunicação entre todos aqueles que se encontravam dentro da área, inclusive do guarda redes encarnado que ficou a ver jogar. Já no período de descontos o CFE tem um livre a seu favor e com com toda a equipa na área adversária, incluindo Xuma, este "quis" ser expulso quando joga a bola com as duas mãos. O jogo termina com a derrota por 1-2 do CFE e com a expulsão de Miguel Ângelo (Jójó) que também "quis" expulso.
Com uma 1ª parte de luxo, nada faria prever uma 2ª parte tão miserável por parte do CFE, que assim complica cada vez mais a sua vida. Ninguém é insubstituível, porém todos aqueles que ontem foram expulsos deverão reflectir muito bem nas suas atitudes e tomar consciência das consequências. Ainda nada está perdido, contudo o trabalho de uma época inteira pode estar comprometido devido a um jogo menos conseguido e a certas atitudes irreflectidas e infantis de certos jogadores atendendo ao facto de alguns, a faltarem três jogos para o final, possivelmente terminaram ontem a época.
Sem querer desculpar quem quer que seja, queria deixar uma chamada de atenção para quem controla as equipas de arbitragem, mas ontem os três senhores que apitaram o encontro conseguiram aos poucos e poucos "enervar" todos os atletas, principalmente os do CFE e todos aqueles que assistiam ao jogo.
Por último não poderia deixar de agradecer a todos aqueles que estiveram a apoiar a equipa estremocense e pedir para acreditarem que ainda é possível, porque nós ainda acreditamos e ... o CFE precisa de apoio.