domingo, setembro 25

SOFRER, SOFRER E... SOFRER

SURREAL e AVASSALADOR...talvez sejam estes os dois adjectivos que qualificam o jogo desta tarde que pôs frente a frente o CFE e a Giesteira, a contar para a 1ª eliminatória da Taça de Évora.

Quem pensa que já viu tudo no futebol foi porque não assistiu a este encontro, pois tratou-se de um jogo impróprio para cardíacos tantas foram as oportunidades desperdiçadas pela equipa da casa, chegando ao ponto de já ninguém acreditar que a bola entraria na baliza da Giesteira...

O encontro até começou bastante equilibrado, com ambas as equipas a estudarem-se mutuamente. Ao minuto 20 chega a primeira oportunidade para os da casa, com um centro rasteiro proveniente do lado direito efectuado por Luís Festas com a bola a passar por toda a pequena área sem ninguém conseguir finalizar. No minuto seguinte e depois da cobrança de uma falta sobre Abegão, a bola sobra para David que num centro a meia altura, coloca o esférico em Pucarinhas que domina com a coxa e à meia volta remata cruzado para o fundo das redes, estava feito o 1-0. A equipa da Giesteira em desvantagem mostrou um pouco "o ar da sua graça" e beneficiou de um livre perigoso à entrada da área dos encarnados, mas mesmo assim não conseguiu criar verdadeiro perigo para a baliza de Xuma, que defendeu o remate superiormente. Aos 30 minutos e sem ter feita grande coisa para justificar o empate, a equipa visitante chega ao golo, com Xuma a ficar mal na fotografia ao deixar passar a bola por baixo do corpo depois de um remate ainda de bastante longe. O CFE não digeriu bem o empate e partiu de imediato para o ataque à procura do golo da vantagem e até ao intervalo desperdiçou algumas oportunidades. Chega o intervalo e o marcador registava o 1-1.

A segunda parte começa e poucos minutos depois surge o balde de água fria, com o segundo golo da Giesteira na sua primeira e única oportunidade em todo o jogo...sim, porque não podemos considerar oportunidade o primeiro golo. O golo trouxe vantagem aos visitantes, mas também a desvantagem numerica com a expulsão de um jogador, fruto da acumulação de cartões amarelos. A partir dai foi impossível contabilizar as oportunidades desperdiçadas pela equipa estremocense, muitas delas mais pareciam sair de uma série dos "Apanhados" com a bola a ser rematada por diversas vezes e a teimar em não entrar na baliza visitante. Verdade seja dita que o guarda redes da Giesteira também foi um dos principais responsáveis para que a sua baliza permanecesse quase inviolável com defesas quase impossíveis, muitas delas com intenção mas outras ainda se deve estar a questionar como será que a bola foi ter com ele, em algumas já deitado no chão...uma tarde que dificilmente esquecerá. Mesmo a praticar muito anti-jogo, a equipa visitante não conseguiu suster o sufoco que estava ser sujeita e já no último quarto de hora sofre o golo do empate por intermédio de Soares...estava feita "meia-justiça". Mesmo com seis minutos de desconto para além dos 90, o CFE não consegue chegar o golo da vitória depois de nesse curto espaço de tempo ter desperdiçado mais uma mão cheia de oportunidades mais uma vez hilariantes.

Com o empate a 2-2 no final dos 90 minutos, foram necessários mais 30 minutos de jogo...e mais do mesmo...com a agravante dos jogadores do Giesteira já estarem fisicamente esgotados e em inferioridade numerica, o CFE sem misericórdia (à excepção na hora de rematar para o golo) ia massacrando o guarda redes visitante e até os potes da baliza. Já bem perto do final surge o caso jogo quando o guarda redes do Giesteira tem a bola nas mãos e antes de a pontapear atiara-a uma vez contar o sintético e quando repete o gesto, aparece Deco que assim que a bola bate pela segunda vez no sintético consegue interceptar o esférico e marca aquele que seria o 3-2. O arbitro do encontro mesmo com alguma hesitação anula o golo e o final dos 120 minutos chega pouco tempo depois com alguns dos jogadores da Giesteira estendidos no sintético completamente esgotados e outros com os braços estendidos para o céu, talvez a perguntarem: " Como foi possível não termos sido goleados?"

Na lotaria dos penaltis tudo era possível, mas mesmo ai os encarnados foram superiores e conseguiram vencer por 4-3, com Xuma a defender duas grandes penalidades...sem antes ter desperdiçado uma também ele.
Relativamente ao arbitro do encontro a nota é positiva, mesmo com o golo anulado nos últimos minutos do prolongamento que criou muita polémica no estádio a sua decisão foi correcta. Somente terá estado menos bem no anti-jogo praticado por quase todos os jogadores da Giesteira em especial pelo guarda-redes.

Em relação à equipa da Gisteira pouco há a dizer, somente que dificilmente esquecerão este encontro.

Quanto ao CFE, excelente tacticamente na circulação de bola, na transposição defesa, meio-campo, ataque principalmente pelas alas por intermédio de Festas e João Nuno... mas não se pode falhar tantas oportunidades de golo e não se pode facilitar na baliza.

Arriscaria a dizer que se metade das oportunidades desperdiçadas fossem concretizadas, registariamos um resultado histórico.

3 comentários:

zf333 disse...

Queria relembrar os mais desatentos que não publicaremos comentários anónimos. Obrigado.

Anónimo disse...

custou mas foi e a primeira ja esta passada ja ficamos mais perto...
força cfe
fernando ferro

mourinha disse...

Muitos parabens, tenho fé em voces....bora la campeões....
saudações
Rui Mourinha