segunda-feira, outubro 24

EMPATE JUSTO???...OU TALVEZ NÃO...



Numa tarde cinzenta e de vento, o Municipal de Estremoz serviu de palco para o jogo entre o C.F.E. e o PORTEL a contar para 4ª jornada da Divisão de Honra de Évora.


O clube encarnado entrou em campo com algumas alterações no onze inicial em relação aos últimos encontros, onde David voltou a ocupar o miolo do terreno e Vasco em conjunto com Simão, que se estreou a titular, fizeram a dupla de centrais.


O jogo começou com um Portel mais dominante, aproveitando um C.F.E. um tanto desconcentrado, com algumas falhas de marcação, jogadores muito perto uns dos outros, muitos passes errados…não estavam a correr as coisas da melhor maneira para os rubro negros. Falhas essas que de um certo modo atrofiaram o desenvolvimento do jogo estremocense que deixou de ganhar o seu meio campo e as segundas bolas para construir jogadas, sendo notório um enorme buraco entre o sector defensivo e atacante.


Desacerto esse que o Portel aproveitou da melhor forma e perto do minuto 10, inaugura o marcador após uma serie de remates dentro da área do C.F.E., acabando com a bola no fundo da baliza de Xuma a dar vantagem à equipa visitante, 0-1.


O golo forasteiro veio“despertar” os da casa que equilibraram o jogo tendo poucos minutos depois, desperdiçado uma boa oportunidade para repor a igualdade no marcador. O empate não demorou muito tempo já que Ramalho numa das sua poucas descidas no terreno de jogo, mete a bola em Tracanas, este na entrada da grande área dá a Pucarinha que roda e devolve novamente a Tracanas e este oferece a bola a Abegão que aparece desmarcado pelo lado esquerdo e com muita calma remata com classe para o golo. Estava feito o 1-1, justo pela subida de rendimento dos encarnados levando que, até ao final dos primeiros 45 minutos o resultado não mais se alterasse, ficando apenas o negro registo do Sr. Arbitro não ter tido a coragem para fazer o seu trabalho quando Tracanas se isolava pela zona central do terreno é puxado e aguenta a carga, sofrendo novo toque que aguenta novamente e quando se recompôs para continuar a jogada é barrado pelo apito do senhor de preto que leva a uma grande contestação por parte dos encarnados e no seguimento vê-se Pucarinhas a ser agredido pelo atleta nº 26 do Portel, gerando um grande burburinho dentro das quatro linhas. Sanada a situação, é marcada a falta a favor do C.F.E., e tanto Pucarinhas como o nº26 é-lhes mostrado a cartolina amarela!!!!… e o cartão amarelo para o jogador que cometeu a falta sobre Tracanas??? E o porquê de interromper a jogada uma vez que a bola seguia dos encarnados???… tanta benevolência e receio em segurar o jogo...porque será?? Do livre resulta a defesa da tarde, com um forte remate de João Nuno a bola dá ideia que ainda toca na barreira, mas o guarda redes visitante com uma excelente estirada consegue sacudir para canto.


De regresso dos balneários, o C.F.E. entrou com o mesmo onze e o jogo já foi diferente. Parecia uma equipa renovada pelo menos animicamente pois os erros cometidos na primeira metade do encontro foram corrigidos, pois entraram a mandar no jogo, pressionando em toda a extensão do terreno obrigando o Portel a efectuar um futebol directo para sacudir a pressão. Fábio Tracanas começou a criar enormes dificuldades à defensiva visitante com as suas rápidas arrancadas e a sua enorme persistência em nunca deixar um lance por perdido e num desses momentos desce pelo seu lado direito acompanhado por Fábinho que isolado descia pelo centro do terreno não resultando perigo pois o defesa contrário conseguiu cortar o cruzamento de Tracanas.


Mister Mourão mexe na equipa e faz entrar Rúben Caldeira e Jójó para os lugares de Fábinho e David, refrescado o seu meio campo e sector avançado, pouco depois esgota a substituições e entra Pica para o lugar de Pucarinhas.


Nesta fase do encontro o resultado tanto poderia pender para os da casa como para os forasteiros pois foram várias as oportunidades desperdiçadas por ambas as equipas. Pica falha a baliza já dentro da área após solicitação de Tracanas, logo a seguir um canto a favor do C.F.E. a bola sobra para o Portel que alivia a pressão acabando por isolar o seu avançado que em velocidade ganha aos centrais encarnados mas falha também a baliza. Jójó num remate de meia distância obriga o guarda-redes a excelente intervenção e como resposta o n.º 10 do Portel aparece na cara de Xuma mas este não se ficou atrás e defendeu com grande categoria impedindo o golo adversário. Fase final do jogo muito aberto e emotivo mas inalterável até ao apito final.


por Nuno Frade





» Prates; Moina; Janota; Ruben Caldeira; Jójó; Pica;Luis festas



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